domingo, 10 de julho de 2011

camisa branca

Hammock, de Gustave Coubert

Quando tirasse tua roupa seca,
me desse um suco de maçã
escorrido pela janela.
Devagar o sol partia,
era noite de lua nova.
Deitada naquela cama,
deliciada, de camisa branca,
teus olhos traziam o céu.
Sombra adormecida de vampiro,
corria e mordia teu pescoço –
queria era arrancar fora seus cabelos.
Tua alma era expelida e sugada
Por entre cada pelo fino de tua pele.
A carnosidade vermelha de teus lábios abertos,
busto enlaçado em minha língua,
gosto de uva roxa molhada.

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